Carlos Eduardo Mendes de Azevedo

Carlos Eduardo Mendes de Azevedo, ou simplesmente Carlos Mendes, como era conhecido no NCE e na UFRJ, foi servidor da área de Tecnologia da Informação da Universidade. Ingressou como estagiário no NCE em 1980, atuando como programador e dando apoio e consultoria aos alunos dos cursos de programação e pesquisadores da UFRJ. Era especialista em diversas linguagens de programação, desde as mais antigas, como Fortran e Cobol, além de C/C++ e, posteriormente, Pascal, Java, Perl, Python, PHP etc.

Já integrando a equipe de Suporte de Sistemas do NCE, passou a dar suporte a diversos sistemas operacionais, tanto dos equipamentos de grande porte (os saudosos “mainframes” da Digital, IBM e Burroughs/Unisys) quanto dos microcomputadores, desde os tempos dos valentes 8 bits rodando CP/M!

Conhecia profundamente e dominava as estruturas internas do Unix e suas variantes, como Linux e BSD, SunOS/Solaris (Sun), AIX(IBM), além de outros sistemas operacionais, como Netware (Novell). Com seu conhecimento, atuava intensamente no desenvolvimento de software básico, programando inclusive direto em código de máquina (Assembler), para as mais diversas arquiteturas e famílias de processadores.

Carlos era formado em Química, tendo obtido os títulos de mestre e doutor pelo Programa de Pós-Graduação em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia (HCTE/UFRJ). Também era formado em Direito, conseguindo unir seu conhecimento técnico e legal na área de TI. Sua tese de doutorado versava sobre propriedade intelectual de software.

Carlos Mendes atuava intensamente na área de Segurança, tendo inclusive ministrado diversos cursos para UFRJ e cursos de pós-graduação lato sensu. Outro ponto de destaque, talvez o principal, na sua longa trajetória pela UFRJ foi sua participação na área de Redes. Foi um dos responsáveis pela configuração e gerência do primeiro acesso internacional da UFRJ, ainda no final da década de 1980, através da rede Bitnet. Já em meados dos anos 90, participou do projeto, instalação, configuração, gerência e manutenção da Rede UFRJ, e sua conexão à rede Internet, uma das primeiras do Brasil, através da RedeRio de Computadores, também implementada na mesma época. Importante ressaltar que o NCE era o Centro de Operações da RedeRio, mantida pela equipe de Suporte e Redes do NCE.

Dentre as suas muitas contribuições, criou, no final dos anos 2000, a Escola de Verão para a comunidade da UFRJ, onde ensinou os primeiros passos para a programação de aplicativos para celulares. Desenvolveu diversos aplicativos para a Universidade, como o primeiro app para uso do Restaurante Universitário.

Durante a pandemia, foi figura importantíssima e essencial, junto com os demais servidores de TI do NCE, atuando para manter funcionando os sistemas online e a rede da Universidade. Inteligente e muito dedicado, tinha um humor sutil e soube formar e agregar ao seu redor uma grande quantidade de bons profissionais.

Fonte: Instituto Tércio Pacitti de Aplicações e Pesquisas Computacionais

Adeus a Annita Macedo

Com profundo pesar, informamos o falecimento da professora Annita Mischan de Magalhães Macedo no sábado, 8 de março. Aposentada da UFRJ desde 1986, Annita foi uma figura marcante na história do Instituto de Física, tendo atuado como diretora pró-tempore entre 1971 e 1972, período em que o instituto foi criado.

Viúva do ex-reitor Horácio Macedo, destacou-se pela coragem e compromisso com a universidade, denunciando publicamente as condições precárias de trabalho dos docentes durante a ditadura militar. Seu legado de resistência e dedicação à ciência e à educação permanecerá como inspiração para as futuras gerações.

A cerimônia de cremação ocorrerá na terça-feira, 11 de março, às 11h, no Memorial do Carmo (Caju).

Que o Espírito Maior dê fortaleza e consolo para toda a família enlutada.

Fonte imagem: Biblioteca do Instituto de Física

Belita Koiller vence o Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro de 2025

Na semana do Dia Internacional das Meninas e Mulheres na Ciência, uma cientista brasileira da UFRJ ganha destaque: Belita Koiller, professora titular do Instituto de Física venceu o Prêmio Joaquim da Costa Ribeiro de 2025, concedido pela Sociedade Brasileira de Física (SBF). Belita foi também homenageada em agosto do ano passado durante o 1⁰ Workshop de Física da Matéria Condensada Teórica do Rio, na Universidade Federal Fluminense (UFF). O prêmio Joaquim da Costa Ribeiro reconhece a contribuição de pesquisadores ao longo de sua carreira para a Física da Matéria Condensada e de Materiais no Brasil. A cientista está na UFRJ desde sua aprovação em concurso público em 1994.

Não é o primeiro prêmio da professora.Em 2005 foi laureada com o International Award for Women in Science, prêmio instituído em parceria pela UNESCO e a L’Oreal e entregue na sede da UNESCO em Paris, reconhecendo o mérito de seus mais de 100 trabalhos de pesquisa em várias áreas de Teoria da Matéria Condensada.Em 2019 foi eleita como membro Titular da Academia de Ciências da América Latina. Foi vencedora na edição de 2021 da Medalha Ângelo da Cunha Pinto, prêmio concedido anualmente pelo Instituto de Química da UFRJ a um cientista em reconhecimento à sua contribuição na área das ciências exatas, humanas ou da saúde.

Além das premiações, ela também foi diretora do Instituto de Física da UFRJ, vice-presidente e presidente da Sociedade Brasileira de Física.

Texto Fonte: Instagram PR-2 ( https://www.instagram.com/p/DGDjkgRt15L ).

Imagem Fonte: Sociedade Brasileira de Física ( https://www.sbfisica.org.br/v1/sbf/belita-koiller-vence-o-premio-joaquim-da-costa-ribeiro-de-2025 )